Cá em casa é um pouco assim...


Organizar, organizar!

Quando se partilha o espaço de trabalho com o de dormir, dificilmente se consegue ter tudo arrumado e organizado. O meu atelier fica no sótão de nossa casa, e é também o nosso quarto de dormir, de vestir, e ainda o armazém de produtos para a nossa retrosaria. Diariamente, penso, repenso, faço planos para ter as coisas mais organizadas. Mas é difícil.

Para os meus tecidos, uso um antigo móvel de mercearia. É óptimo, porque é lindo e os vidros permitem-me ver o que está lá dentro.



Para as fitas, arranjei duas soluções: as que vêm em bobines estão penduradas num cordão de algodão entre as pernas de um estirador.



As rendas estão penduradas na estrutura de um quadro de madeira. Retirei o vidro, acrescentei uns camarões e, voilá, nunca me esqueço delas.

E hoje chegou um gadget-maravilha à nossa retrosaria. É uma estrutura de madeira para colocar os carrinhos de linhas. Não é genial?


Workshop de Iniciação à Costura



Oficina de Iniciação à Costura Criativa


Oficina de iniciação à costura para quem não tem qualquer conhecimento, mas tem vontade de começar a trabalhar com a máquina de costura (obrigatória).

Local
Azeitão

Data
23 de Fevereiro
14h30 às 18h00

Objectivos
Conhecer a máquina de costura
Funções básicas da máquina
Treino de pontos básicos


Materiais
A lista de materiais é enviada aos alunos inscritos previamente.

Preço
25 euros.

apegarabuda@gmail.com

Oficina de babetes


E que tal reabilitar os piqueniques?

Este Sol fez-me lembrar um piquenique que fiz durante a minha Lua-de-Mel. Em pleno Alentejo, junto a um riacho, com porcos pretos do outro lado, a ver, um grande e gelado sumo de laranja. Coisas pequenas que não têm preço.




Há quanto tempo não via o Sol

Abrir as janelas, pôr os tapetes a apanhar ar e Sol - eles também precisam! E aproveitar todos os minutos deste dia.

Antes do Sol chegar, ainda fiz um chouriço para a porta da casa da Fátima, e uma mini-agenda para a Vanda.



Resiliência

Esta fotografia foi tirada da varanda do meu sótão, portanto, podem acrescentar-lhe mais uns três metros. Este menino nem se abalou com a tempestade. Ali está ele, a fazer-me sombra junto à churrasqueira e a deixar cair bolotas como quem perde cabelo no Outono. É um cipreste português, Cupressus lusitanica, ou cedro de Portugal. O mito de que são árvores de cemitério prende-se com o facto de estarem, simbolicamente, ligadas à vida e à imortalidade, já que nem as mais fortes geadas de Inverno afectam esta árvore, e a sua resina é incorruptível quimicamente.
Para mim, simboliza a resiliência. Esta árvore, para mim, é um exemplo.

Valorizar as coisas boas de um dia


Hoje aconteceram-me muitas coisas boas. Não são coisas espectaculares, nem me saiu o euromilhões, nem tropecei no meu perfume favorito. Foram coisas simples que, cada vez mais, aprendo a valorizar.
Saí de casa satisfeita por ter acabado a primeira parte da colecção das Bonecas do Mundo para enviar à Loja 5 do Mercado, em Montemor-o-Novo. A Sofia lançou-me o desafio e a Sofia é aquele tipo de pessoa que está rodeada de uma luz que é impossível não nos sentirmos motivados depois de falarmos com ela.
Mal saio de casa, vou, como de costume, à caixa do correio e vejo um envelope da minha querida Noémia Coelho, cujo trabalho podem conhecer aqui: http://www.facebook.com/pxnoemia . A Noémia é minha amiga há uns quatro anos e tal. Conhecemo-nos na gravidez dos nossos segundos filhos. Durante estes anos, e embora não nos conheçamos pessoalmente, falamos quase todos os dias. É uma grande amiga que tem sempre uma palavra certa, um carinho imenso. Gosto muito, muito dela. E hoje recebi uma carta com os trabalhos que tinha pedido para os meus projectos de Verão. Como sempre, vinha uma cartinha manuscrita - como eu gosto de recebê-las - cheia de miminhos para nós.
Muito obrigada, querida Noémia. Adoro!


Como tinha muitas voltas a dar, fui ao shopping almoçar. Comi um bom bitoque na Casa dos Bitoques, com batatinha palha, molho de alho, pickles, um ovinho a cavalo e uma fatia de bolo de caco. Acompanhei com uma limonada com abacaxi e mel. Soube-me muito bem, e ainda mais porque o atendimento desta casa pareceu-me espectacular.
Enquanto almocei, vi e ouvi pessoas a rir, a falar sobre coisas do dia-a-dia, sem ser a crise. Os portugueses têm, de facto, uma grande capacidade de resiliência.
Dei um pulo à loja de animais para comprar um mimo à minha gata Ella, porque ela bem merece. É a minha companhia noite e dia, e é a melhor gata do mundo. Acreditem. Há algum gato que faça festas na cara do dono? Duvido. Pois para ela, hoje temos filetes de salmão com gambas.

Também chegaram hoje as minhas novas etiquetas! As pequenitas, só com o passarito, vêm colmatar uma necessidade que tinha. Há trabalhos que precisam de etiquetas mais pequeninas. Estas são de dobrar. Como sempre, o trabalho e a minha ideia foram executados com perfeição pela Patrícia, da http://www.afornecedoraonline.com/


Tive de ir entretanto à Staples comprar uma agenda para uma cliente que tinha um pedido especial. Pelo caminho, vi uma placa a indicar uma empresa de caixilharia, a Simar, e como estou mesmo a precisar esticar o orçamento para pôr uma janela nova no ateliê - que também é o meu quarto - resolvi entrar para pedir um orçamento.
Fui atendida de forma impecável, explicaram-me tudo como se fosse muito burra. E ainda encontrei uma senhora que conhecia a minha cara e os meus trabalhos da televisão. Oh, meu Deus, a fama... ahahahahah! Como gosto de encontrar pessoas que respeitam o meu trabalho e o admiram. Ficaram com uma fã também!

Ainda fui à lenha, porque o meu marido continua bastante doente para fazê-lo; com duas peças que comprei nos saldos da Viva remodelei o WC; mudei umas lâmpadas... e não é que o carteiro, às cinco da tarde, bateu outra vez? Desta vez trazia uma carta de uma das minhas lojas preferidas, a Lia-San's Atelier. A carta vinha lacrada e trazia um pequeno retalho de tecido japonês. Era apenas um agradecimento pela minha participação no crescimento da loja durante o último ano. Que simpático! Acho que estes detalhes fazem mesmo toda a diferença. Continuo fã!


E pronto. Estou agora à espera dos meus pequeninos para acabar esta semana de trabalho. Foi uma semana difícil, mas terminou da melhor maneira possível, e com a cabeça a fervilhar novas ideias!
Ah, e mais duas novidades: a primeira é que brevemente poderão encontrar os meus artigos em Évora e Vila Real de Santo António.
A segunda novidade é que vamos ter outro evento A Pega-Maluca muito brevemente, já que o último, mais uma vez, foi um sucesso.

Beijinhos e obrigada por estarem aí!

Reunião de família









Colecção "Bonecos do Mundo"

Pão fresco, pela manhã

Quando era miúda, o padeiro mandava um rapaz, pouco mais velho do que eu, deixar o pão à porta de casa de meus avós. Ainda bem que essa tradição, de confiança mútua, ainda não acabou totalmente.

Aqui está um saco que vai receber pão fresco pela manhã. Como é de linho, se o pão estiver quentinho, respira :)


Pega, mudei a casa!

A minha amiga Margarida pediu-me umas fronhas para remodelar o sofá. Já tinha os tecidos escolhidos. Ficaram duas fronhas lindas, o que só confirma o seu bom-gosto. De um lado, flores; do outro, bolinhas. É uma linda colecção, esta. Cada vez mais gosto destas cores quentes.

Mudar as fronhas das almofadas de sofás e cadeirões é uma das melhores formas de remodelar uma casa, gastando pouco dinheiro. O efeito é completamente diferente.

E eu sei do que falo, porque na passada semana fiz duas fronhas para o meu sofá - que é velhíssimo - uma aos quadradinhos vermelhos e outra aos quadradinhos azuis. Quando os meus filhotes arrumarem todos os brinquedos da sala, mostro-vos o efeito. E não me vou ficar por aqui. Afinal, é em casa que passo a maior parte do meu tempo.

E agora, as almofadas da Margarida.





Para o meu filho velho


Hoje apetecia-me comer cerejas, grandes e duras, roxas ou brancas, desde que doces. Hoje apetece-me apenas falar do momento em que tu, grande e deliciosa cereja, começaste a crescer dentro de mim, meu filho. Lembro-me de que quando soube que a intuição que me dizia estar grávida era certeira, fiquei aflita; já não era responsável por mim, as minhas acções teriam consequências multiplicadas ao quadrado. Lembro-me de ter pensado: já não me posso matar, que é o cúmulo da liberdade para quem tem 19 anos.
Lembro-me de um dia, meu amor, enquanto andávamos às compras para a tua festa de aniversário, afastámo-nos, cada um para o seu corredor. Conforme a música de fundo do Continente mudou, petit private joke, virámo-nos os dois e os nossos olhares cúmplices fundiram-se num sorriso, entre dezenas de estranhos. Esse sorriso, como a imagem da tua queda vertiginosa do meu corpo, são a prova da mais irrefutável união entre dois seres. Já ouvi dizer que os filhos não se escolhem, mas tu, meu pintainho cabeçudo, estavas destinado para mim.

Tutorial de debruado / piping

Hoje estava a começar um projecto e optei por colocar-lhe um detalhe que, para mim, e em certos trabalhos, faz toda a diferença. Em inglês chama-se piping, e é um debruado ou debrum, como podem ver na primeira imagem.

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Today I was starting a project and I chose to put you a detail that, for me, and in certain projects, makes all the difference. In English it is called piping, as you can see in the first image.



O debruado pode ser comprado já feito e aplicado nos trabalhos, ou pode ser feito em casa, com o tecido que quiserem. Um debruado mais não é que um cordão dentro doe tecido. Vejam como faço os meus. Peço desculpa pela qualidade das fotos, mas têm estado dias escuros e a minha máquina é digital, das velhinhas.

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The piping can be bought already made ​​and applied in your work, or can be done at home, with the fabric you want. See how I make mine. I apologize for the quality of my photos, my machine is very old and days have been dark here.


COMO FAZER O SEU PRÓPRIO DEBRUADO
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How to make your own piping

Materiais
Tecido ou fita de viés
Cordão de algodão
Alfinetes
Pé calcador de fechos

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Materials
Fabric or bias tape
Cotton string
Pins
Zipper foot



1. Meça o seu trabalho para ver que quantidade de debruado necessita. Arranje tecido suficiente
ou viés com mais dez centímetros do que o que precisa e cordão de algodão com as mesmas dimensões.

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1. Measure your work to see how much piping you need. Get enough fabric
or bias with ten centimeters more than what you need and cotton string with the same dimensions.

2. Se usar viés, abra a fita, passe a ferro as dobras. Dobre ao meio no sentido longitudinal. Passe a ferro. Se usar tecido, use uma barra de 5 cm e execute o mesmo procedimento.

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2. If you use bias tape open, iron the folds. Fold in half lengthwise. Iron. If using fabric, use a  5 cm strip and follow the same procedure.

3. Coloque o cordão dentro do viés dobrado, junto à dobra. Alfinete, para não sair do lugar.

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3. Place the string into the bias folded along the fold. Pin, not to leave the place.


4. Coloque o pé calcador para fechos. Cosa o tecido junto ao cordão, com a ajuda do pé calcador de fechos, como vê na imagem. Continue até ao fim. O seu debruado está pronto a ser usado nos seus trabalhos. Na imagem, usei linha branca, para ver-se o efeito. Mas deve usar linha da cor correspondente à sua fita/trabalho.

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4. Place the zipper foot into your machine. Sew the fabric along the sttring with the aid of presser foot, as shown in the image. Continue to the end. Your piping is ready to be used in your work. In the image, I used white thread, to see the effect. But you should use color thread corresponding to your bias / work.




Como aplicar, por exemplo, numa almofada?
Cosa o debruado nas extremidades do seu trabalho, com o cordão para dentro. No fim do debruado, corte uma parte do cordão e dobre a fita para dentro, como se fosse uma bainha, para o trabalho ficar mais perfeito. Nas curvas, corte com tesoura zig zag ou faça uns cortes no debruado - sem atingir o cordão - para que o trabalho fique perfeito e esticado. Cosa com o mesmo pé calcador. Agora, pode coser direito com direito o seu trabalho, como de costume, com o pé calcador do fecho, o mais próximo possível do cordão, para não se ver a costura anteriormente feita. Vire o trabalho para o direito, passe a ferro e cosa o buraquito por onde virou o seu trabalho.
Muito bem!

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How to apply in a pillow?
Sew the piping on the ends of your work, with the string pointing inside. At the end of piping, cut a piece of the string and fold the bias  inwards like a hem, to a more perfect job. In curves, zig zag cut with scissors or make some trimmings - without reaching the cotton string - to get the job perfect and stretched. Sew with the same presser foot. Now you can sew right sides together as usual, with the  the presser foot as close as possible to the string, therefore it is not possible to view previous stitching line at bias tape​​. Turn work to the right, iron and sew the hole where you turned your work.
Well done!

Bebés pequeninos

Fiz este conjunto este domingo. É um babete para bebés pequeninos (reparem no botão, um amor) e uma fraldinha para as mamãs colocarem no ombro quando os bebés arrotam, embora posso servir para muitas outras coisas, já que o verso é numa flanela orgânica super-macia.
Está disponível. Por favor, contactem-me.



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I made this set on Sunday. It's a tiny baby bib (notice the button, so sweet) and a burp cloth for moms place on the shoulder when babies burp, but it has many other utilities, since the verse is a super-soft organic flannel.
It is available. Please email me.

Saudades disto



Castelina, com amor




Aqui vos mostro a maior preciosidade da minha colecção de objectos de costura. É um conjunto com mais de 50 cores da antiga linha Castelina, de fabrico português. Uma autêntica raridade. Vejam as cores, a simplicidade. Que lindas!

A colecção, depois de devidamente organizada por números e cores, vai ser disponibilizada em kits na minha retrosaria online, ou seja, aqui: http://oarmazem.pt/

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Here is the greatest treasure of my sewing items collection. It is a set of over 50 colors of the old  Castelina thread, manufactured in Portugal. A rarity. See the colors, the simplicity. How beautiful.

The collection, after organized by numbers and colors, will be available in kits in my haberdashery online, ie, here: http://oarmazem.pt/


O cobertor de papa da minha mãe

Quando vim morar para Azeitão, percebi logo que a zona é fria e húmida. Tenho mais frio aqui do que na nossa casa no Alentejo. Ao queixar-me disso à minha mãe, ela ofereceu-me de presente um cobertor de papa que havia comprado em Manteigas, na Serra da Estrela. Os cobertores de papa são produzidos manualmente em teares com lã churra. São lindos, são muito quentes e são nossos. Cada vez mais tenho vontade de voltar aos cobertores.

Saia-fralda



fragmentos


Quem me dera o dia tivesse muitas horas e que essas se pudessem multiplicar em três, ou quatro, como quiséssemos, e nos pudéssemos olhar e tocar, sem pressa, sem um ruído, sem uma ânsia que nos seja exterior.Acordei esta manhã e agarrei-me a ti. Se queres saber, não é a melhor posição para voltar a dormir, isto é, a mais confortável fisicamente. Mas o teu cheiro, a tua pele, os teus pêlos, a tua respiração não têm nada que ver com coisas finitas como o corpo. A minha ligação a ti ultrapassa o tempo, o corpo, e até o futuro. Olho para a nossa casa, outra vez pela janela, e reparo no tecto de uma casa quase em ruínas. O tecto é abaulado e é miraculoso como não cai quando dois pombos se enamoram no ponto mais íngreme. Do outro lado da casa, há outra janela. É como se fosse uma janela para o paraíso. Há flores, há palmeiras, há limoeiros, há buganvílias, há cactos gigantes, há um carreiro de pedras e um recanto totalmente tapado por trepadeiras onde está uma mesa e cadeiras e onde eu colocaria um assento feito de pedra caiada e onde adormeceria à tarde, agarrada a ti. Se eu pudesse acrescentar mais coisas, juntaria um cheiro a jasmim que chega depressa à meia-noite e foge assim como quem passa, pede um cigarro e vai acendê-lo para casa.Poderia estar horas a olhar por estas duas janelas. Era isso que me apetecia. Gostava que gostasses tanto das manhãs como eu.

 

Especial São Valentim

Uma versão do jogo do galo para enamorados.


Pregadeiras "O Amor sempre ao peito"

Prende chupetas

Em linho japonês.

Planos trocados

Tinha esta saia-fralda em fase de acabamentos. Eu nunca deixo um projecto a meio - e mais valia que tivesse pensado nisso. Mas hoje estava adiantada e, entretanto, fiquei sem tinteiros na impressora. Como ainda faltavam umas horas para os meninos saírem da escola, pus-me na estrada à procura de tinteiros. Aqui não havia, ali não havia, até que me lembrei de ir à Staples. Ora, eu já tinha visto a Staples da autoestrada, não devia ser difícil lá chegar, indo de Azeitão. Pois... Foi Azeitão, Quinta do Anjo, Palmela, já estava quase a desistir, porque percebi que estava perto da Moita. Decidi voltar para trás. Quando estava a voltar, vi uma placa a dizer Continente, e fui por aí. No fundo, tinha esperanças de encontrar os tinteiros no hipermercado. Finalmente, a meio do caminho, dei com a Staples. Já era quase noite. E a saia fica assim sozinha, triste, por acabar, e eu zangada, porque não gosto de coser à noite, mas com uma promessa: amanhã, ao bater do meio-dia, vou fotografá-la acabada, perfeita, por debaixo de um grande raio de Sol.


Coisas de que gosto

Jasmim. A minha trepadeira de eleição já mostra o que aí vem daqui a uns dois meses.

O meu ninho.

Azulejos hidráulicos que foram feitos pelo pai do antigo proprietário da nossa casa.

Objectos. A caneca de Albufeira da minha mãe, a galinha porta-velas e um cântaro trazido da casa da avó do meu marido.

Limões. Simplesmente limões. Limonada com açúcar mascavado, pedras de gelo, hortelã ou erva cidreira.

Tenho uma pancada por esmalte.

Despojos da praia de Cacela e um azulejo comprado na Feira de Velharias de Azeitão. A primeira compra que fiz quando chegámos a esta casa.